Martinho Lutero e a justiça de Deus: um ensaio teológico a partir da biografia do reformador

Autores

  • Wilhelm Wachholz Escola Superior de Teologia – EST, Rio Grande do Sul, (Brasil)

DOI:

https://doi.org/10.19141/1809-2454.kerygma.v19.n1.pe1664

Palavras-chave:

Lutero, Reforma, Biografia, Teologia

Resumo

O ensaio examina a teologia de Martinho Lutero a partir de sua trajetória pessoal e do contexto medieval, destacando a religiosidade marcada por práticas meritórias mediadas pela Igreja. Lutero, imerso nesse sistema, passou por uma crise espiritual que o levou à redescoberta da “justiça de Deus” como dádiva graciosa, acessível pela fé. Sua crítica à “matemática da salvação” rejeita a autorreferencialidade religiosa e propõe uma fé centrada na graça e na liberdade cristã. Além de questionar o uso teológico para fins de poder, Lutero defendeu uma teologia que resgatasse Deus em sua plenitude de graça e justiça. O ensaio argumenta que esse legado permanece atual, oferecendo reflexões pertinentes sobre ética, espiritualidade e sociedade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Wilhelm Wachholz, Escola Superior de Teologia – EST, Rio Grande do Sul, (Brasil)

Doutorado em Teologia pela Escola Superior de Teologia.Professor e reitor da Escola Superior de Teologia – EST, Rio Grande do Sul, (Brasil). Membro do Global Network Research Center for Theology Religious and Christian Studies e Presidente da CEOL (Comissão Editorial Obras de Martinho Lutero).

Referências

ALTMANN, W. Lutero e Libertação: releitura de Lutero em perspectiva latino-americana. 2. ed. São Leopoldo: Sinodal, 2016.

BARTH, H. Die Theologie Martin Luthers: eine kritische würdigung. Gütersloh: Gütersloh Verlagshaus, 2009.

BARTH, K. A Carta aos Romanos. São Leopoldo: Sinodal, 2016.

BRANDT, H. O risco do Espírito: um estudo pneumatológico. São Leopoldo: Sinodal, 1977.

BRECHT, M. Martin Luther: die Erhaltung der Kirche 1532 - 1546. Stuttgart: Calwer, 1987. v. 3.

DELUMEAU, J. Nascimento e afirmação da Reforma. São Paulo: Pioneira, 1989. (Nova Clio: a História e seus Problemas, v. 30).

FISCHER, J. O homem – um entusiasta? A atualidade do tema Lutero e os entusiastas. In: DREHER, Martin (org.). Reflexões em torno de Lutero. São Leopoldo: Faculdade de Teologia, 1981. v. 2.

GEORGE, T. Teologia dos Reformadores. São Paulo: Vida Nova, 1994.

GREINER, A. Lutero: ensaio biográfico. São Leopoldo: Sinodal, 1969.

LINDBERG, C. Reformas na Europa. São Leopoldo: Sinodal, 2001.

LUTERO, M. Os Primórdios: escritos de 1517 a 1519. São Leopoldo: Sinodal, 1987. (Martinho Lutero – Obras Selecionadas, v. 1).

LUTERO, M. Debates e controvérsias, II. São Leopoldo: Sinodal. 1993. (Martinho Lutero – Obras Selecionadas, v. 4).

LUTERO, M. Interpretação do Antigo Testamento: textos selecionados da preleção sobre Gênesis. São Leopoldo: Sinodal, 2014. (Martinho Lutero – Obras Selecionadas, v. 12).

STROHL, H. O Pensamento da Reforma. São Paulo: Aste, 1963.

TILLICH, P. Teologia Sistemática. 7. ed. São Leopoldo: Sinodal, 2014.

WACHHOLZ, W. História e teologia da reforma: introdução. São Leopoldo: Sinodal, 2010.

WATSON, P. Deixa Deus ser Deus: uma interpretação da teologia de Martinho Lutero. Canoas, RS: Ulbra, 2005.

WESTHELLE, V. O Deus escandaloso: o uso e abuso da cruz. São Leopoldo: Sinodal, 2008.

WESTHELLE, V. Poder e política: incursões na teologia de Lutero. In: HELMER, Christine (ed.). Lutero: um teólogo para tempos modernos. São Leopoldo: Sinodal, 2013. p. 315-331.

Downloads

Publicado

2024-12-21

Como Citar

WACHHOLZ, W. Martinho Lutero e a justiça de Deus: um ensaio teológico a partir da biografia do reformador. Kerygma, Engenheiro coelho (SP), v. 19, n. 1, p. e1664, 2024. DOI: 10.19141/1809-2454.kerygma.v19.n1.pe1664. Disponível em: https://www.revistas.unasp.edu.br/kerygma/article/view/1664. Acesso em: 2 maio. 2025.

Edição

v. 19 n. 1 (2024): Fluxo contínuo

Seção

Artigos

Licença

Copyright (c) 2025 Kerygma

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Autores que publicam na Kerygma devem concordar com os seguintes termos:

  1. Uma vez aceitos para a publicação, os direitos autorais dos artigos são automaticamente transferidos à Kerygma.
  2. Todo material utilizado no texto que possua direitos autorais de terceiros devem estar devidamente referenciados.
  3. Os autores também devem deter os direitos de reprodução das imagens e tabelas em seu material, caso seja necessário.
  4. Os autores garantem que o texto submetido é de sua inteira autoria e não foi submetido e/ou publicado em nenhum outro local.
  5. As opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião da Kerygma;
  6. É reservado aos editores o direito de proceder a ajustes textuais e de adequação às normas da publicação.
  7. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista. Essa licença permite que outros remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalhopara fins não comerciais, e embora os novos trabalhos tenham de lhe atribuir o devido crédito e não possam ser usados para fins comerciais, os usuários não têm de licenciar esses trabalhos derivados sob os mesmos termos.
  8. Os autores concordam com a reprodução livre de seu material pela Kerygma, que poderá adaptar, modificar, condensar, resumir, reduzir, compilar, ampliar, alterar, mixar com outros conteúdos, incluir imagens, gráficos, objetos digitais, infográficos e hyperlinks, ilustrar, diagramar, fracionar, atualizar, traduzir e realizar quaisquer outras transformações, sendo necessária a participação ou autorização expressa dos autores.
  9. Os autores concordam que a Kerygma pode distribuir os artigos mediante cabo, fibra ótica, satélite, ondas ou qualquer outro sistema que permite acesso ao usuário em tempo e lugar determinados, seja por vias gratuitas ou por sistemas que importem pagamento. A Kerygma poderá ainda incluir o trabalho em banco de dados, físico ou virtual, arquivar em formato impresso, armazenar em computador, em sistema de nuvem, microfilmar e demais formas de arquivamento atuais ou que ainda possam ser desenvolvidas, com ou sem fins lucrativos.
  10. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento na nova publicação que o artigo foi publicado originalmente nesta revista.
  11. A Kerygma é detentora dos direitos de todos os trabalhos publicados por ela. A reprodução integral desses textos em outras publicações, para qualquer outra finalidade, por quaisquer meios, requer autorização por escrito do editor. O mesmo serve para reproduções parciais, como resumo, abstract, porções com mais de 500 palavras do texto, tabelas, figuras, ilustrações etc.
  12. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (veja “The effect of open access and downloads ('hits') on citation impact: a bibliography of studies”).